Curta Metragem: “Ilha das flores.” - 5min 0sec


Este clássico do cinema brasileiro, dito por muitos a ser uma obra-prima impecável, e o melhor curta da história Brasileira até hoje, foi dirigido por Jorge Furtado, e lançado em 1989, levando no ano seguinte, o prêmio “Urso de prata” no 40º Festival de Berlim.

O nome “Ilha das Flores”, é vindo de um lugar perto de Porto Alegre, aonde se encontra uma descarga de lixo sobre o solo, mais conhecido como lixão, lá os funcionários separam o material orgânico, considerado adequado para alimentação dos porcos, e após essa tal separação, liberam em grupos de dez indivíduos por vez, sendo eles compostos por mulheres e crianças, em questão de pouquíssimos minutos, se tem a possibilidade de recolher os restos e sobras, daquelas tais substâncias biológicas, isso, que futuramente será a fonte energética (alimento) destes tais seres-humanos. O diretor relaciona este ato desumano, de priorizar os porcos ao invés das pessoas, com uma rede de políticas ambientais e econômicas, além de utilizar muitos conhecimentos geográficos, históricos, religiosos, biológicos e uma série de outros, assim fazendo uma ótima crítica social.

Boa parte deste curta é uma ficção, na verdade é uma mistura de cenas ensaiadas e realidade demais para os nossos olhos, podemos analisar isto a partir dos personagens de classe média, como “dona Anete” e todos os outros que compõe tais cenas, nestes momentos o assunto é o lucro, ou melhor, o modo com que as pessoas ganham dinheiro, tendo como início, com o agricultor de tomates, que aliena ao supermercado, que vende para dona Anete e assim por diante, até que finalmente nos é apresentado a tal “Ilha das Flores”, partindo assim para as críticas sociais e conclusões tomadas pelo narrador.

Na opinião do grupo, é uma filmagem importante, extremamente informativa, iniciando com explicações de conceitos básicos, que na realidade, todos nós já compreendíamos, mas com a técnica ilustrativa e narrativa de hiperlink, muito utilizada para falar sobre temáticas mais densas, de um modo com que fixe a atenção do telespectador, estes cortes rápidos e imagens totalmente coloridas e em movimento, nos deixam cada vez mais intrigados e se perguntando, “Afinal, qual é o tema tratado?”, e por fim, depois de todas as ligações e conexões, nada lineares, conseguimos entender que o foco, é relatar o tratamento bárbaro e impiedoso que é dado a população da ilha, assim lentamente vamos tentando uma transformação de diversas emoções, até chegarmos na mais dominante e incontrolável, o choque profundo e absurdo!

Clique aqui para obter acesso ao vídeo na íntegra.

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